Comércio eletrônico cresce 40% no semestre
Uma pesquisa da consultoria de comércio eletrônico e-bit, apresentada hoje, mostrou que o setor já faturou este ano 40% a mais do que no primeiro semestre do ano passado. Em números, isso representa uma quantia de R$ 6,7 bilhões.
O aumento de gastos na internet se deve tanto ao crescimento das lojas virtuais quanto à maior aderência dos usuários às compras eletrônicas. “Novos grupos passaram a vender na internet, como o Carrefour, enquanto outros se consolidaram ou passaram por fusões, como o Grupo Pão de Açúcar e a rede de varejo Casas Bahia”, afirma Pedro Guasti, diretor geral da e-bit.
Além disso, os consumidores ficaram mais estimulados a gastar devido à redução do valor do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), ao parcelamento facilitado por causa da oferta de crédito no mercado e, também, pelas inúmeras promoções de televisores de tela plana durante a Copa do Mundo.
Fatores como a maior confiança na internet também contribuíram para as vendas, mas o número é bastante pequeno. De 2009 para 2010, o índice de confiança na internet segura aumentou apenas 1 ponto percentual.
Quem não compra na internet tem como principal justificativa o medo de fraudes por acessá-la somente em locais públicos ou por não ter muita intimidade com esse meio de compra.
Segundo a pesquisa do e-bit, 86,5% dos compradores ficaram muito satisfeitos ou satisfeitos em junho. 13,5% dos internautas, no entanto, reclamaram dos prazos de entregas e do mau atendimento ao cliente das lojas virtuais.
Em março, quando o Carrefour entrou no mercado, mais vendas ocorreram devido à nova loja e às promoções feitas pelas concorrentes, o que rebaixou a satisfação de 85,5% em fevereiro para 85,25%. “Isso revela que curva de satisfação é bastante sensível. Quando há muitas vendas, a logística do varejo não consegue manter o mesmo padrão de qualidade”, diz Guasti.
Maiores gastos
Internautas, em 2010, passarão a gastar mais nos produtos. Ao fim do ano, segundo cálculos do e-bit, o valor médio de compra na web será de R$ 375. Em 2008, este valor era de R$ 328. Além dos maiores gastos, o número de internautas que já compraram alguma vez na web aumentou de 17,6 milhões em 2009 para 20 milhões em 2010. Dos novos consumidores, 60% são internautas das classes C e D.
Os principais produtos adquiridos são livros e assinaturas de revistas, seguidos pelos eletrônicos. “Estes tiveram um salto no ranking devido à Copa do Mundo e à redução de IPI, pois ocupavam a quarta posição no começo do ano passado”, afirma Guasti.
Mesmo com o aumento de compras, a pesquisa mostrou que 90% das pessoas que visitam uma loja online não compram nada. “Isso revela uma mudança de hábito da população, que está pesquisando na web antes de comprar”, diz o diretor.
Muitos consumidores usam a internet apenas para comparar preços e depois recorrem a lojas físicas. Outros fazem pesquisas em muitas lojas, pois a diferença de preço para eletrônicos, por exemplo, pode variar de 20% a 30% na internet. Isso também aumenta o número de quem acessou algum site e não comprou.
A pesquisa do e-bit é semestral, com valores baseados em questionários online submetidos aos clientes de 2.500 lojas virtuais.
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