Esta é a maneira como poderia ser descrito o "Marmota”, um sistema desenvolvido por pesquisadores da Fundação Bruno Kessler (FBK) em Trento, Itália.
A partir de um celular com câmera e acesso à internet, o sistema permite emoldurar uma paisagem e obter diversas informações sobre ela – como nomes de montanhas, de um país e diferentes altitudes. Basta apontar o aparelho para o local desejado que, em pouco tempo, a informação aparece na tela.
O sistema integra diferentes áreas de estudo, como cartografia, gráficos de computadores e algoritmos sofisticados de visão. Cada pixel da imagem pode ser associado a informações como altitude, latitude, longitude e distância do observador.
O “Marmota” funciona com uma quantidade mínima de memória porque a localização do usuário é detectada via GPS pelo seu celular e enviada via internet para a central do sistema. Depois de processada, a informação é empacotada (ela tem geralmente entre 50-120 Kb) e enviada ao usuário, que recebe uma imagem em alta resolução de 360º da cena à sua frente. As informações mostradas seguem a ordem de prioridade de informação estabelecida pelo próprio usuário.
O sistema também consegue fornecer informações sobre coisas que o olho humano não vê e estão a até 500 km de distância do observador. O Marmota funcionaria pelo mundo todo – de 60° latitude norte a 60º de latitude ao sul.
O projeto foi criado por Claudio Andreatta, Michele Zanin e Paul Chippendale, e já está sendo testado em Trento. Por enquanto, ainda é apenas um protótipo, mas com a popularização de modelos mais sofisticados de celulares, os pesquisadores acreditam que podem torná-lo bastante popular.